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sábado, 12 de novembro de 2011

A divisão do Estado do Pará, Brasil

A pesquisa Datafolha sobre a divisão do Pará em três Estados traz justificados argumentos e razões para uma reflexão de nossa parte – de nós, políticos, e da população paraense – sobre a criação de mais duas unidades federativas no país.

Nessa discussão em pauta – intensificada agora pela pesquisa e pelo início da campanha no rádio e TV paraenses sobre o plebiscito no qual a população decidirá a divisão daqui a um mês – temos dois lados nitidamente delineados. De um, podemos fazer uma reflexão sobre as as bem sucedidas divisões de Estados no passado, as do Tocantins e do Mato Grosso do Sul.

A do Tocantins foi boa para Goiás; a do Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso. Os dois antigos Estados  também se desenvolveram e a criação dos novos foi um sucesso total. Basta ver a realidade e o que são hoje tanto Goiás e o Mato Grosso, quanto o Tocantins e o Mato Grosso do Sul que deles se desmembraram.

Pesquisa enseja mais base para a reflexão

Do outro lado, temos os dados da pesquisa, agora, e o fato de que nessa reflexão, há necessariamente que se pensar que a criação de um novo Estado – de dois, no caso da divisão do Pará a ser decidida pelo plebiscito – significa despesas e novas instituições politicas, bem como uma nova organização administrativa, da justiça, do legislativo e do executivo.

Neste segundo ponto da avaliação, não há dúvidas de que como está hoje o Estado do Pará, não se consegue atender satisfatoriamente (eu não diria governar) as regiões que o compõem os prováveis – ou não – futuros Estados, Tapajós e Carajás. De qualquer forma, o melhor dessa história é que quem vai decidir é o povo paraense, que segundo estas primeiras pesquisas está contra o fatiamente de seu Estado em três.

A pesquisa mostra maioria da população contra a divisão
 

Pelo Datafolha divulgado ontem e publicado hoje pela Folha de S.Paulo, 58% dos entrevistados rejeitam a divisão e apenas 33% aprovam a criação dos dois novos Estados. OK, mas tenhamos cuidado, porque a pesquisa ainda não traz os resultados, o reflexo do horário eleitoral gratuito sobre a opinião dos paraenses relativa à divisão, já que a propaganda começou nesta 6ª feira (ontem).

Vejam, entre os eleitores que moram no território dos possíveis futuros Estados, o apoio é maior à divisão. No Carajás, 84% são a favor de que a região seja desmembrada. No Tapajós, são 77% os favoráveis à transformação da região em Estado.

Detalhe importante: as duas regiões concentram apenas 36% da população do Pará e, sozinhas, não são capazes de garantir um resultado favorável à divisão. Entre os eleitores do Pará remanescente, 80% são contra a criação do Carajás e 77% são contra a do Tapajós.
 Fonte Correio do Brasil.

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