Assim como ocorreu em outras comunidades pacificadas, após a ocupação a Rocinha já sente os efeitos positivos no campo imobiliário. De acordo com cálculos da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi) e do Sindicato da Habitação (Secovi-Rio), repetindo um fenômeno já atestado pelo mercado imobiliário em outros bairros com UPPs, espera-se que o metro quadrado em São Conrado, hoje avaliado em R$ 13 mil na orla, suba de 23% a 30% nos primeiros meses após a pacificação.De acordo com corretores informais que trabalham dentro da comunidade da Rocinha, na favela também já começam a apontar para um encarecimento das casas e apartamentos na comunidade a partir da chegada da UPP.
Segundo um taxista que se identificou como Carlos Henrique o aumento nos imóveis são imediatos, ele mesmo aumentou de R$ 40 mil para R$ 50 mil o preço de venda de um imóvel herdado do pai, próximo dos apartamentos construídos pelo PAC.
"Antes da ocupação, chegaram a me oferecer R$ 30 mil e não quis vender. Agora, acho que vou encontrar comprador e ainda está barato", disse Carlos Henrique ao jornal "O Globo".
Para o vice-presidente da Ademi, Rubem Vasconcelos, morar na Avenida Prefeito Mendes de Moraes deverá ficar mais cara do que viver na Avenida Sernambetiba, na Barra da Tijuca, em apenas seis meses. Apenas as avenidas Delfim Moreira e Vieira Souto, no Leblon e em Ipanema, são mais valorizados que a Avenida Sernambetiba.
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