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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Russia treina prontidão para enfrentar tsunamis

Na região do oceano Pacífico foram realizados treinos internacionais de alerta de tsunamis Pacific Wave – 2011, com a participação da Rússia, Japão, Filipinas, Chile, Equador, países da América Central, EUA, o Reino de Tonga na Polinésia e a República de Wanuatu da Melanésia.
Os eventos que se registaram em Samoa em 2009, no Chile em 2010 e no Japão em março deste ano tornaram evidente a necessidade de alta prontidão em caso de alerta de tsunami. A tarefa principal dos treinos Pacific Wave – 2011 foi o melhoramento da coordenação na região em caso de surgimento de uma situação “próxima” de tsunami, isto é, quando o tempo entre o terremoto e a vinda de tsunami pode ser de alguns minutos.
No processo de treino foi modelada a situação de tsunami catastrófico, quando nos países da bacia do Pacífico se decreta um alerta de tsunami, o que requer a tomada de medidas e decisões radicais, incluindo o aviso e evacuação da população. Foram elaborados dez roteiros diferentes, de maneira que cada um dos países – participantes pudesse escolher a fonte mais próxima de tsunami. Para dar início aos treinos, a Agência Meteorológica do Japão transmitiu para os centros de coordenação dos outros países da região do Pacífico um boletim – aviso sobre um tsunami regional com parâmetros de terremoto. Os países – participantes do treino começaram a atuar imediatamente.
Na Rússia, a coordenação dos treinos foi confiada ao Centro de Tsunamis de Sacalina, pois foi precisamente nesta ilha que se deu o terremoto mais destruidor na história do país, - a cidade de Neftegorsk, em 1991,  e o tsunami de conseqüências mais terríveis, na cidade de Severo-Kurilsk, 1952.
De acordo com o roteiro elaborado para a Rússia, o terremoto “simulado” deu-se junto do litoral sudeste da península de Kamchatka. De acordo com o roteiro, a onda catastrófica iria cobrir o litoral das ilhas Curilhas e da península de Kamchatka, penetrar no mar de Okhotsk e atingir a ilha de Sacalina. Por isso, a alerta foi anunciado precisamente para os habitantes destas regiões, - revelou à Voz da Rússia Tatiana Ivelskaia, coordenadora dos treinos e chefe do Centro de Tsunamis da ilha de Sacalina.
Foi testado o sistema de aviso, a prontidão dos serviços locais. Além disso, na cidade de Iujno-Kurilsk foram realizadas medidas práticas, em particular, a evacuação da população da zona residencial que se encontra nas imediações da zona de perigo, e da escola, situada numa baixada. Aconteceu que depois do nosso aviso convencional de que às 22 horas, hora de Greenwich fora registrado um forte terremoto, às 22 horas e um minuto deu-se realmente um terremoto moderado praticamente no local indicado para o terremoto convencional. Esta situação estava prevista de antemão – se no período de realização de treinos se desse um terremoto forte, os treinos seriam cancelados. Mas este terremoto moderado não acarretou nenhuma ação.  Levamos este fato em consideração mas os treinos prosseguiram.
Mais tarde, a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO vai avaliar a eficiência geral das ações, empreendidas no quadro do Sistema Internacional de Alerta de Tsunamis no oceano Pacífico.

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