Secretaria de Segurança Pública espera que o traficante informe nome de policiais que aceitavam propina
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro pode oferecer o benefício da delação premiada ao traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. O traficante é considerado um arquivo vivo sobre a ação de policiais corruptos.
Se Nem concordar em revelar como funcionava o pagamento de propina e quem integrava o esquema, as informações podem render a redução da pena do traficante.
Nesta semana, as Corregedorias das Polícias Civil e Militar, Geral Unificada e Ministério Público Estadual vão se reunir para montar uma estratégia que convença Nem a depor.
Captura
Nem foi capturado na madrugada de quinta-feira, quando tentava fugir da Rocinha. Ele foi encontrado por policiais militares do Batalhão de Choque que vistoriavam as saídas da favela, às vésperas da ocupação.
O traficante estava no porta-malas de um Toyota Corolla preto. No carro, os PMs encontraram uma mala com cerca de R$ 1 milhão. Não havia armas, nem drogas. “O que nos chamou a atenção foi que havia uma movimentação estranha no porta-malas e um peso fora do normal no veículo”, explicou o tenente-coronel do Batalhão de Choque, Fábio Souza.
Além de Nem, outros três homens estavam no carro e foram presos. Um deles se apresentou como advogado, outro disse ser funcionário do Consulado da República Democrática do Congo e o terceiro se qualificou como o próprio cônsul. Porém, o primeiro-secretário da Embaixada do país, Pierre Moutou, negou qualquer elo do país com os suspeitos.
Os homens tentaram subornar os PMs para continuar a fuga. Ofereceram R$ 20 mil e, diante da negativa, aumentaram a oferta para R$ 1 milhão. No domingo, cerca de 3.000 homens realizaram a ocupação da Rocinha.
Autoridades consideram Nem um Arquivo Vivo,co informações de Policiais corruptos
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