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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

China, Índia e Brasil devem cortar emissões de CO2, diz Merkel

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta quarta-feira que grandes emissores de gases do efeito estufa que fazem parte das economias em rápido crescimento, como China, Índia e Brasil, devem concordar em cortar suas emissões.
Merkel disse ao Parlamento: "Emissões mundiais de CO2 neste ano foram mais altas do que nunca. Estamos em uma situação muito difícil em que o Protocolo de Kyoto expirar', não temos muito pela frente e a prorrogação do protocolo infelizmente não ocorrerá em Durban".
Representantes de quase 200 países se reunirão a partir de 28 de novembro na África do Sul para a cúpula da ONU sobre o clima, onde a expectativa é de que apenas medidas modestas sejam tomadas para cortar as emissões de gases do efeito estufa, apesar dos alertas dos cientistas e de que as condições climáticas extremas provavelmente irão se intensificar em decorrência do progressivo aumento na temperatura do planeta.
O Protocolo de Kyoto, um plano da Organização das Nações Unidas que obriga cerca de 40 nações industrializadas a cortar suas emissões, vence no próximo ano.
As nações ricas estão relutantes em estabelecer grandes metas para os cortes nas emissões após 2012 sem que haja comprometimento das grandes economias em desenvolvimento para cortar as suas emissões. Enquanto isso, os países emergentes querem ver maiores cortes dos países ricos.
A Organização Meteorológica Mundial disse na segunda-feira que os três principais gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global atingiram índices recordes em 2010.
Na avaliação de Merkel, as grandes economias em desenvolvimento como China, Índia e Brasil não estão prontas para participar de acordos internacionais obrigatórios para reduzir suas emissões.
"Isso significa que, infelizmente, estamos nos tornando um mundo em que as economias cada vez mais importantes não estão contribuindo de forma adequada para um meio ambiente sustentável", afirmou.
(Reportagem de Veronica Ek)(Reuters)

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